Pacheco Espinosa
Alegrai-vos ó Chefe eslcarecido
Pois que extinta está a cruel guerra:
Já respira alegria toda a terra,
Já se esquece do que tem padecido.
Alegra-vos, Congresso enobrecido,
Que a paz, a Santa paz que o mal desterra,
A guerra afugentou que tudo aterra,
E tudo deixa a cinzas reduzido!
Venceu a justa causa: aniquilidado
Esse monstro ficou, esse Tirano,
Que há de perpetuamente ser odiado.
Regozija-te é bravo lusitano!
Vivas repete, Exército aliado!
Exulta de prazer, Americano!
Soneto Para o Chafariz da Vila Fortaleza
Esta que vês, curioso passageiro,
Límpida Fonte, clara, sussurante,
De cristalinas águas abundante,
Que o Sítio faz ameno, e lisonjeiro:
Este manancial de água, o primeiro
Que fez surgir na Vila arte prestante,
Para a sede saciar o caminhante,
O sábio, o nobre, o rico, o jornaleiro:
Edificada foi incontinenti,
No memorável, óimo Governo,
De Sampaio, Varão reto, ciente.
Como ao Povo mostrou amor Paterno,
Para todo o seu bem foi diligente,
Nesta Fonte deixou seu nome eterno.
Soneto Ao Aumento da Vila de Fortaleza
Vai, ó Fama, por toda redondeza,
Publicando por tuas bocas cento,
Do Ceará que foi pobre o muito aumento,
A grende exportação, suma riqueza.
Dize que ja se vê fausto e grandeza,
Na sua Capital do Chefe assento:
Que polícia já tem, tem luzimento,
E tem o que não tinha, Fortaleza.
Dize que do Governo a alta mente
Estas ob ras brotou assaz louvadas,
Por todos, sim, por todos geralmente;
Erários novos, rampas e calçadas,
Aterro, Chafariz, Aula excelente,
Novas ruas, muralhas elevadas!