Beni Carvalho
O Flamboyant
Forte, esgalhado, heril, o flamboyant, de flores
Rubras, na antiga fronde, ostentava a vitória
Da púrpura triunfal, na opulência da glória
Do sol, no alto do Azul, todo em chama e fulgores.
Lutou. Venceu heróico! A conquista, na história
Vegetal, alcançou n o meio de esplendores:
- Ora, altivo, pompeando à luz as rubras cores;
- Ora, verde, a cantar a Esperança ilusória!
Hoje, porém, descansa o flamboyant por terra,
Sangrente a floração, circundando-o, morrendo,
à agonia mortal, que o seu martírio encerra:
- Egrégio lutador que, na refrega, exangue,
Fulminado, semelha, a cair, combatendo,
Um cadáver de herói, salpintado de sangue!
Forte, esgalhado, heril, o flamboyant, de flores
Rubras, na antiga fronde, ostentava a vitória
Da púrpura triunfal, na opulência da glória
Do sol, no alto do Azul, todo em chama e fulgores.
Lutou. Venceu heróico! A conquista, na história
Vegetal, alcançou n o meio de esplendores:
- Ora, altivo, pompeando à luz as rubras cores;
- Ora, verde, a cantar a Esperança ilusória!
Hoje, porém, descansa o flamboyant por terra,
Sangrente a floração, circundando-o, morrendo,
à agonia mortal, que o seu martírio encerra:
- Egrégio lutador que, na refrega, exangue,
Fulminado, semelha, a cair, combatendo,
Um cadáver de herói, salpintado de sangue!
BENEDITO (BENI) AUGUSTO CARVALHO DOS SANTOS (1886-1959)
Nascido em Aracati, bacharelou-se na Faculdade de Direito do Recife em 1911, tendo sido, professor da Faculdade de Direito do Ceará. No Exército, atingiu o posto de general. Foi vice-presidente, Deputado Federal e Interventor Federal no Ceará (1945-1946). Publicou Causas Dirimentes e Flagrante Delito (1917), Na Casa de Tiradentes (1931), De Flore e Luvas (1935), Sexualidade Anômala no Direito Criminal (1937), Chama Extinta (1937, seu único de poesias), Ação Parlamentar (1950), Crimes Contra a Religião, os Costumes e a Família.
1 Comments:
Fico muito feliz de ver estampado um soneto de Beni Carvalho, principalmente pelo fato de ele ter sido um dos colaboradores da revista A ESTRELLA (1906-1921), cuja revista foi brilhantemente dirigida pela professora/poeta Antonieta Clotilde, filha da -também, professora/poeta/romancista e dramaturgista Francisca Clotilde.
Acessem: http://www.sonetos.com.br/biografia_es.php?a=74
Obrigada.
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